sábado, 22 de abril de 2023


 

MAKUNAIMÃ – O mito através do tempo (organizado por Jaider Esbell)

 

   Há 7 anos venho trabalhando com a obra Macunaíma de Mário de Andrade junto aos meus alunos do Ensino Médio. E através do tempo, temos questionado as representações e estereótipos problemáticos da versão do livro para o cinema de Joaquim Pedro de Andrade, Macunaíma, herói da nossa gente.

   Eu pensei diversas vezes em não trabalhar mais com esse livro... O racismo, o machismo e outras violências causavam repugnância aos alunos. Mas, o livro é obrigatório no currículo e desde o início eu trouxe o filme junto nessa aula.

   Eu também pensava que não havia maneira melhor de mostrar o conceito de Antropofagia aos alunos, nas cenas em que Macunaíma se metamorfoseia em outras cores e formas; quando “come” as mulheres literalmente, mordendo e arrancando pedaços delas e do Curupira; na casa do Piaimã, a coleção dos corpos humanos empalhados, enfim, o filme é uma comédia e algumas cenas são autoexplicativas.

   Eu sentia que esse filme era necessário para a aprendizagem, pelo conhecimento do cinema experimental e pela estética tropicalista que já anunciaria o que iríamos estudar mais a frente.

   Eu sinto-penso que os alunos mereciam ter acesso a essa obra de arte do cinema brasileiro, com a atuação brilhante de Grande Otelo, Paulo José, Dina Sfat e tantos outros atores pouco valorizados como o nosso Milton Gonçalves que nos deixou esse ano. E, sempre deu certo essa sessão de cinema, os risos e gargalhadas sempre estiveram presentes.

   Mas, o incômodo permanecia comigo...

   Semestre passado, tive a oportunidade de trabalhar com Macunaíma na Pós-graduação. No seminário sobre o livro, escolhi trabalhar com o filme. Trouxe toda as problematizações e soluções que o filme causava em minhas aulas, e conclui que ele cumpre, sim, o seu papel, a sua função social da arte: discutir a identidade brasileira conclamada pelos modernistas e ficcionalizada por Mário de Andrade.

   Eu sinto-penso que nada é por acaso, e sentipensar é estar atenta às coincidências e sincronicidades que acontecem em nossas vidas. Fevereiro de 2022, 100 anos da Semana de Arte Moderna. Iniciamos o semestre com essa discussão, sobre a Modernidade na Literatura. E, ao analisar o filme pela milionésima vez, observei que a representação indígena estava ausente na obra e no lugar dela, tínhamos atores brancos usando perucas lisas e uma série de preconceitos sobre a cultura indígena.

   Foi então que aconteceu a revelação: depois de eu apresentar o livro, meu colega Fernando apresentou a peça de teatro Makunaimã, o mito através do tempo. Ali, “caíram todos os butiás do bolso” ...Ali, estavam todos os questionamentos e algumas respostas às minhas dúvidas e incomodações. Eu não estava mais sozinha com o meu sentipensar.

   Agora, estou de frente a esse livro e dentro dele existem outros livros, outras narrativas, outras vozes, vozes que foram silenciadas, povos que foram apagados, visões que não puderam ser compartilhadas. Agora, parece que tudo faz sentido, e até o antropólogo alemão Theodor Koch-Grünberg foi fundamental para nosso sentipensar.

 

SENTIPENSAR MAKUNAIMÃ

 

 

   Muda-se um acento, muda-se uma vogal, troca-se uma consoante e já não estamos mais no mesmo lugar. Essa é outra obra, mesmo tendo Macunaíma, o herói sem nenhum caráter como referência, aqui nós temos “o mito através do tempo”, Makunaimã. O mito original foi ouvido e transcrito em 1920, por Theodor Koch-Grünberg da voz de Akuli Taurepang, do povo Taurepang.

   Aqui, já temos a pessoa mais importante da obra, que nunca foi mencionada, o homem indígena, Akuli Taurepang. E para essa possibilidade ocorrer, criou-se um evento comemorativo em alusão ao aniversário de 90 anos da obra, onde vários convidados reuniram-se para discutir o mito através do tempo.

   A nota da edição é muito importante para o estudo da Literatura Oral e do conceito de performance, porque esclarece como essas narrativas orais foram transmitidas de geração em geração até serem transcritas por alguém. No caso, Mário de Andrade também modificou a transcrição de Grünberg e acrescentou outros mitos no que ele chamou de rapsódia.

     Vou citar aqui a nota da dramaturga Deborah Goldemberg:

O conceito de autoria para este livro é aquele que, de acordo com Paul Zumthor em A letra e a voz (Companhia das Letras, 1993), predominou na Idade Média, quando as histórias eram narradas por diversos contadores na tradição oral, e eventualmente, num esforço coletivo feito em oficina de copistas, uma versão dessa história era transcrita e escrita para ingressar o universo literário. Todas as histórias e ideias contidas nesse livro foram contadas ao longo do evento Makunaimã: o mito através do tempo, ocorrido nas quatro casas da organização social POIESIS – Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e à Literatura em agosto de 2018. A dramaturgia foi escrita e, posteriormente, todos puderam ler o texto e fazer sugestões. Os direitos autorais do livro são dedicados aos narradores indígenas taurepang, macuxi e wapichana.

 

   Os direitos autorais do livro são dos povos Taurepang, Macuxi e Wapichana porque Makunaimã é um mito originário em comum para essas etnias. O livro é uma peça de teatro, mas também é classificado como um livro de crônicas, organizado por Jaider Esbell, artista indígena macuxi que atua na peça e faz as ilustrações do livro, e se apresenta como neto de Makunaimî, outra grafia, outra cosmovisão.

   O prefácio é do escritor Cristino Wapichana, indígena do povo wapichana que inicia dizendo: “...Makunaíma ou Makunaimã, a divindade indígena do tempo imemorial, habita o Monte Roraima, no extremo norte do Brasil, e faz parte do sagrado de alguns povos indígenas que vivem sob o seu cuidado e olhar de Menino Deus”. No meu próprio sentipensar, tento encaixar o “mito através do tempo” num tempo imemorial... é impossível! Macunaíma vive e está entre nós.

   Continua Cristino:

Makunaimã, o mito através do tempo, a peça de teatro, traz as vozes indígenas pemom, taurepang, wapichana e macuxi, povos que são herdeiros legítimos de Makunaimã, a reclamar dentro da casa de Mário de Andrade o Macunaíma estereotipado, que mistura histórias e culturas indígenas diferentes para compreender a formação do povo brasileiro a partir do nosso sagrado.

    

   “A partir do nosso sagrado”. Para entender o segundo ato da peça, é preciso sentipensar o sagrado indígena. Entre as narrações dos mitos e as imagens de Jaider Esbell, somos convidados a sentipensar Makunaimã, não com nosso racional kantiano, ou nosso sentir separado da mente, sentipensar conjuntamente, coletivamente, escutando o coração da terra que pulsa nesses territórios sagrados, que também é nossa casa, nossa Mãe Terra.

   No Ato 1 – “Visitante”, estamos na casa de Mário de Andrade, uma casa-museu na Rua Lopes, 2018, São Paulo. E entre tantos personagens, temos a presença de Akuli pa, indígena taurepang e Akuli mumu, pai de Akuli pa Taurepang, descendentes de Avelino Taurepang, que viajaram especialmente para o evento.

   Na mesa de debates estão: Pedro, antropólogo, Ariel, filósofo poeta e Laerte, escritor indígena wapichana. É de Ariel, a fala contundente e surpreendente sobre o fato de Mário ser preto e gay, discussão que o Movimento Negro reivindica há décadas: a autoria negra de alguém que vai reproduzir em sua escrita os discursos de miscigenação e democracia racial. O texto de Macunaíma, herói sem nenhum caráter, é de 1928, primeira geração Modernista que teve a ausência de artistas negros em sua revolução nas Artes Visuais e em seu Manifesto Antropófago.

   Reproduzo aqui a fala de Ariel:

Tem uma função em reconhecermos que Mário era preto e gay. Porque ele varreu boa parte da presunção acadêmica que havia na literatura. A poesia que precede tudo isso e a poesia que há nisso se completam. O que ele fez em Macunaíma foi criar um mito – um trans-mito -, mas para além disso ele transmitiu o ser negro. E transmitiu o ser gay como poderosas subjetividades e potências que até hoje não reconhecemos.

  

   Eu entendo que transpor essas identidades é uma potência que Mário produziu, apesar da sociedade racista e homofóbica da época. Mas, ao meu ver, seria importante assumir essas identidades em meio a um debate sobre identidades na Semana de Arte Moderna, afinal, o Brasil é o país que mais assassina pessoas negras e LGBTI desde sempre. Hoje, Ariel devolve essa subjetividade à Mário que foi invisível e incolor em 1928.

   E para minha surpresa e alegria, na descrição do Ato 1, o filme aparece na peça: “Nessa hora, o pessoal do evento está reunido, assistindo o filme Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, já na cena final, quando Macunaíma e depois o Piaimã Venceslau Pietro Pietra se balançam sobre a piscina. A sala está escura para a exibição do filme”.

   Então, a fala de Akuli pa é esclarecedora: “Ah, Makunaimã não vai morrer. É Piaimã que morre. Só que não no tanque em que o Piaimã joga as crianças. Ele joga do outro lado da serra e a Velha Piaimã fica lá embaixo e bate com o cacete neles. Quando o Makunaimã jogou o Piaimã, ela achava que eram as crianças. E era o próprio marido, Makunaimã que o jogou, a velha viu e foi cacetar, daí disse: “Uhhh, achei que era a caça e era o marido”. Daí Piaimã morre.”

   Aqui temos uma parte do mito que depois vai aparecer no Ato 2 – “Mito”, como é narrada em Macunaíma de Mário de Andrade pela voz do autor Jefferson. É a metaliteratura acontecendo, dentro da peça: temos o mito original, a rapsódia de Mário de Andrade e o filme de Joaquim Pedro de Andrade. Uma mistura bem antropofágica! Talvez, Macunaíma seja isso, antropófago, alguém que provoque esses “trans-mitos”. E o texto sugere que na parte final do Ato 2: “Aqui pode se editar trechos do filme, para se auxiliar na visualização do texto longo”.

   O “fantasma” de Mário de Andrade, que antes apenas assistia a conversa e refletia, decide aparecer e se apresentar aos presentes. Ele começa a questionar o que foi dito sobre ele e sua primeira surpresa, depois de 60 anos morto, é saber da existência de escritores indígenas, como Laerte que critica o fato de Mário não ter ido direto a fonte oral dos indígenas, assim podendo ter escrito outra narrativa.

   Chega a vez de Jaider Esbell se apresentar e exigir que todos respeitem os mais velhos, no caso, o Akuli pa, filho de Avelino Taurepang. Ele diz: “..., Mas eu sou apenas artista, dispenso o plástico, que está destruindo o nosso meio ambiente. Não sou muito chegado nessa palavra”. Aqui, Jaider nos traz a sua atuação cosmopolítica, ressignificando conceitos e espaços que a Arte Indígena vem ocupando.

   Ariel, para mim, é um personagem super instigante. Ele faz comentários críticos e inteligentes sobre nosso mundo contemporâneo, mas na peça, ninguém ouve, ele escreve cartas ou bilhetes que só o público vê: Exemplo: “Exceto pelo “desmonte do Monte”, o desmonte do Estado e a perpetuação das velhas formas de privilegiar os privilegiados, sim é a mesma coisa”. Comentário sobre o que seria esse evento público.

   O velho Akuli pa se apresenta para Mário, explicando que é Makunaimã, o nome correto, assim como Roraimã e Piaimã, “mã” significa grande. E Mário reitera: o grande mal! A importância das origens das palavras e seus significados é resgatada pelo sábio indígena.

   A curadora do evento, Deborah, apresenta Ariel para Mário, como um filósofo negro e da favela de Santos, “filósofo-poeta”. Veio para discutir, porque Macunaíma é preto no nosso evento”. E aqui temos, para mim, uma das falas mais bonitas da peça, uma fala sentipensar:

Porque precisamos falar de amor e de alteridade, Mário. Na verdade, para além da ideia de você ser gay, eu prefiro a ideia de que você praticava uma forma transcendente de erotismo em sua vida, e que quando falava em amor, esse conhecimento vinha da prática de uma liberdade de ser hoje em dia que é cada vez mais rara. De qualquer modo, o amor sempre será livre. O amor não tem sexo.

 

   E Ariel continua seu sentipensar: “Sobre ser negro, porque é imprescindível falar de nossa anterioridade, contra a lógica do embranquecimento. Eu vejo a sua foto ali na parede e você parece um branco aristocrata! Fizeram a mesma coisa com Machado de Assis, um negro que foi violentamente embranquecido”.

   E a Antropofagia não ficaria de fora dessa peça. Jaider começa a fazer uma live com o celular e Mário curioso, pede a explicação sobre o que seria aquilo, para no fim concluir que: “Muito antropofágico! Osvald teria adorado te ver me devorando dessa forma! Você é um dos nossos, esteja certo”! A ReAntropofagia está presente, como diz Denilson Baniwa. Agora é a vez dos indígenas, aliás, a Antropofagia volta ao seu lugar de origem.

   Seguindo a conversa, ao falar sobre redes sociais, Mário diz uma frase que nos remete novamente à problemática do tempo: “E isso de tempo real, jamais imaginei uma coisa dessas. O tempo é algo naturalmente irreal”. O que nos leva a aceitar que a presença de um “morto-vivo” nessa peça seria mais do que normal, assim como a atemporalidade do mito de Makunaimã.

   E Laerte, escritor indígena vem jogar um “balde de água fria” de realidade em cima de Mário de Andrade, que ao saber que no Brasil, tem mais celulares do que pessoas, acredita que a desigualdade social tenha acabado: Laerte: “É relativo. Tem gente que tem celular e não tem onde morar: que tem celular e que não sabe nem escrever uma mensagem direito, porque continua semianalfabeta: que gasta tanto com o celular que não sobre para ir ao dentista ou para levar as crianças ao médico”. Nessa peça, o Modernismo ainda é falar sobre a realidade social brasileira, objetivo da turma de 1922, que não se deu por completo. Talvez, faltasse o sentipensar indígena.

   Assim como as mulheres artistas da Semana de Arte Moderna tiveram pouco espaço e reconhecimento, aqui também senti falta de mais protagonismo feminino. Tem um diálogo que parece que vai avançar, mas logo é interrompido por outro homem...

Iara: e ainda há desigualdades em relação às mulheres.

Ariel: no caso das mulheres negras, pior ainda!

(...)

Iara: Sim, mas isso (direito ao voto) não basta. Agora, temos outras pautas.

Curadora: Aliás, Mário, permita-me dizer que as cenas de sexo entre Ci e Macunaíma eram um tanto violentas. Hoje em dia não seriam bem recebidas. Constituem quase um estupro, não?

 

   Nessa peça me senti contemplada quanto a esse tema, incômodo para mim e para as alunas que assistiam o filme. Nessa cena, elas perdiam todo o interesse pela narrativa, porque Macunaíma, além de passar os manos pra trás, roubar comida, mulher e levar vantagem em tudo, é um estuprador..., Mas, como mencionei, o assunto para nesse diálogo...

   Antes de encerrar a rodada de apresentações, a Curadora apresenta a historiadora Bete Wapichana, professora indígena: “Mário, a Bete veio justamente para dar voz às mulheres indígenas no nosso evento. Veio de Roraima, lar dos povos de Makunaimã, assim como o Akuli pa Taurepang e o Jaider Macuxi”.

   Mas Bete, a única mulher indígena, só vai reaparecer no final do Ato 2- “Mito” para falar que “Makunaimã é um ser espiritual. Deus Indígena”. Ela fala do mundo “cheio de feitiço e magia”, que temos que reconhecer. Ela conta o Mito da Mãe D’água enquanto Jaider vai pintando na tela. O Ato 2 é todo sentipensar! É preciso se entregar às narrativas dos mitos, sem começo, meio e fim, e às lendas que os convidados trazem para essa roda de vinho e charutos, sentires, pensares e reflexões sobre o Brasil e os povos indígenas.

   Makunaimã, o mito através do tempo, é para mim uma obra que transcende o texto original e nos leva de volta para casa, o mito original, lar de Makunaimã. É um texto que responde minhas inquietações e provoca muitas outras. Aqui temos ferramentas para seguirmos desobedecendo o que nos é imposto e levando sempre a sabedoria do coração para nossas pesquisas, leituras e aulas. Se um dia, Macunaíma me seduziu, é porque nesse caminho eu sentia meu coração bater mais forte!

 

Ana Paula Freitas dos Santos

 

 

  

  

 

  

 

 

domingo, 9 de abril de 2023

 FÓRUM SOCIAL MUNDIAL: UM NOVO MUNDO É POSSÍVEL!


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Painel: Sororidade na Literatura Brasileira
Dia 23/01/23, 15h, no YouTube do Canal Sororidade
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GENTE DE PALAVRA - HOMENAGEM À POETA LÚCIA HELENA DOS SANTOS


ACADÊMICOS DA ORGIA EXALTA OLIVEIRA SILVEIRA, O POETA DA CONSCIÊNCIA NEGRA


MARÇO MULHER

EXPOSIÇÃO ESCRITORAS NEGRAS NO INSTITUTO FEDERAL DE ALEGRETE


Abrindo os trabalhos do Março Mulher, estou em exposição no Instituto Federal de Alegrete. Prestigiem!!!

Olá, neste 8 de março, às 10h15, estarei na mesa "Mulheres que escrevem, Mulheres que publicam" no Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

TRILHAS CULTURAIS DA LESTE


Do útero ao lápis - encontro cultural com Fátima Farias e Ana Dos Santos - Trilhas Culturais da Leste

CANAL SORORIDADE NA ONU MULHER - ONGS DA COMISSÃO DE STATUS DAS MULHERES

"TRAVESSIAS DE AMANAÃ" NA BIBLIOTECA PÚBLICA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL


#Repost @bpe.rs
Dicas de Leitura
CLUBE DE LEITURA BPE
"Travessias de Amanaã" — de Ana Dos Santos, Carmen Lima, Fátima Farias, Delma Gonçalves, Lilian Rocha, Taiasmin Ohnmacht — é um desses livros que evocam sentimentos, reflexões, dor e renascimento.
Mulheres são, a priori, entidades. unidas, são força real; irmanadas na luta, pólvora; coesas em arte, deusas em ebulição. Amanaã é um ser intuído pelo poder de seis mulheres negras. Uma energia que passa de raiz a semente. O livro reúne textos, poemas e reflexões das seis autoras, em uma construção coletiva de mulheres inspiradas em suas vivências, assim como Conceição Evaristo e Maria Carolina de Jesus.
Boa leitura!
#cultura #maiscultura #novasfaçanhasnacultura #BPE #clubedeleiturabpe

I JORNADA LITERÁRIA DE ALEGRETE - CONSTRUINDO CAMINHOS PARA UMA CIDADE LEITORA



SEMANA ACADÊMICA DA LETRAS/UFRGS - O FUTURO PROFISSIONAL DE LETRAS: DESAFIOS PARA A PERMANÊNCIA 




𝑸𝒖𝒆𝒎 𝒔𝒂̃𝒐 𝒂𝒔 𝒂𝒕𝒊𝒗𝒊𝒔𝒕𝒂𝒔 𝒇𝒆𝒎𝒊𝒏𝒊𝒔𝒕𝒂𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒍𝒖𝒕𝒂𝒎 𝒑𝒆𝒍𝒂𝒔 𝒎𝒖𝒍𝒉𝒆𝒓𝒆𝒔 𝒆 𝒎𝒆𝒏𝒊𝒏𝒂𝒔? Ela na luta!
Hoje finalizamos nossa campanha com a mesma pergunta: Quem são as ativistas feministas?
Durante o mês de março apresentamos ativistas que marcam a luta feministas das mulheres prostitutas, indígenas e Trans e não conseguimos seguir com o nosso objetivo de trazer mais duas ativistas gaúchas.
Seus currículos são intensos mas queremos conhecer suas histórias na luta Feminista, momentos, construções, desafios e detalhes.
Em nossas pesquisas encontramos entrevistas, matérias, programas, publicações, projetos e participações, mas nada que detalhasse suas trajetórias pessoais.
Trazer as histórias de luta Feminista da Inclusiva Telia Negrão e Ana dos Santos nos deu a certeza que está campanha precisa continuar e registrar essas lutas de uma mulher negra, professora, escritora e poetisa e de uma mulher que fez da sua vida muitas décadas dedicadas à luta por direitos das mulheres e a construção de uma ong feminista a primeira do país.
Mulheres escrevam e deixem suas histórias Feministas registradas para não sermos apagadas e silenciadas.
Suas histórias precisam ser contadas e deixadas para as nossas!
#HistoriasContadas
#FundoElas
#Inclusivaas
#elasnaluta