sábado, 7 de abril de 2012

Não sei o que sinto por ele...



  Não sei o que sinto por ele...Ou sei e não consigo admitir, então meu desejo às vezes vira repulsa e tento lhe pôr um defeito para pensar. Aliás, a principal barreira é a idade dele. Ele é mais ou menos trinta anos mais velho que eu. Ao mesmo tempo isso é excitante...Ele não aparenta a idade que tem. Quando consigo lhe observar sem ser notada, vejo o lindo homem que já foi quando jovem.
   O sorriso é pleno e seduz, os dentes bem cuidados me sugerem a voracidade que oculta em seus gestos delicados e gentis. Ele é um gentleman, um cavaleiro. Quando fala, suas palavras são macias ao ouvido. A boca é levemente carnuda e vermelha, os olhos são lindos, esverdeados, brilhantes.
   O corpo está em boa forma, ele é forte, tem pernas bem torneadas. Acho que estou precisando levar umas palmadas do papai...Eu me faço de desentendida, distraída. Pareço ser um pouco arrogante e que não estou nem aí pra ele. Ele começou a agir como eu, para disfarçar seu desejo, porque sim, ele me deseja.
   Mas ao mínimo descuido, de que possa estar caindo em sua sedução, ele volta a me cortejar. Basta um cruzar de pernas, uma empinada de seios, que realça minha cintura e quadris, sinto o tesão dele subir pelo pênis e saltar pelos olhos. Olhar que me penetra.
   Então dentro do que as formalidades nos permitem, lhe dou um longo aperto de mão, onde consigo sentir seus grossos dedos apertando minhas nádegas, minhas coxas e entrando vagina adentro.
   Tento imaginar como deve ser na cama. Deve ser experiente, pois é muito seguro e exala sensualidade. Talvez eu ficasse tímida, só pra aprender mais e me permitiria realizar todos seus desejos mais perversos. Papai e mamãe? Não, papai e filhinha! Melhor, professor e aluna. Nota 10!

ANITA MORANGO