sexta-feira, 11 de maio de 2012

sábado, 7 de abril de 2012

Não sei o que sinto por ele...



  Não sei o que sinto por ele...Ou sei e não consigo admitir, então meu desejo às vezes vira repulsa e tento lhe pôr um defeito para pensar. Aliás, a principal barreira é a idade dele. Ele é mais ou menos trinta anos mais velho que eu. Ao mesmo tempo isso é excitante...Ele não aparenta a idade que tem. Quando consigo lhe observar sem ser notada, vejo o lindo homem que já foi quando jovem.
   O sorriso é pleno e seduz, os dentes bem cuidados me sugerem a voracidade que oculta em seus gestos delicados e gentis. Ele é um gentleman, um cavaleiro. Quando fala, suas palavras são macias ao ouvido. A boca é levemente carnuda e vermelha, os olhos são lindos, esverdeados, brilhantes.
   O corpo está em boa forma, ele é forte, tem pernas bem torneadas. Acho que estou precisando levar umas palmadas do papai...Eu me faço de desentendida, distraída. Pareço ser um pouco arrogante e que não estou nem aí pra ele. Ele começou a agir como eu, para disfarçar seu desejo, porque sim, ele me deseja.
   Mas ao mínimo descuido, de que possa estar caindo em sua sedução, ele volta a me cortejar. Basta um cruzar de pernas, uma empinada de seios, que realça minha cintura e quadris, sinto o tesão dele subir pelo pênis e saltar pelos olhos. Olhar que me penetra.
   Então dentro do que as formalidades nos permitem, lhe dou um longo aperto de mão, onde consigo sentir seus grossos dedos apertando minhas nádegas, minhas coxas e entrando vagina adentro.
   Tento imaginar como deve ser na cama. Deve ser experiente, pois é muito seguro e exala sensualidade. Talvez eu ficasse tímida, só pra aprender mais e me permitiria realizar todos seus desejos mais perversos. Papai e mamãe? Não, papai e filhinha! Melhor, professor e aluna. Nota 10!

ANITA MORANGO

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

da série "ESTÓRIAS MAL CONTADAS"

   Era uma vez um velhinho andando sozinho pelas ruas de Aparecida. Ele carregava um guarda-chuva e olhava a sua volta com esperança de encontrar alguém conhecido. MAS ISSO FOI EM OUTRO TEMPO...
   Era uma vez uma moça, ela era balconista de uma loja de roupas e olhava com esperança para a rua como se fosse acontecer alguma novidade. MAS ISSO SERÁ UM OUTRO TEMPO...
   Era uma vez um escritor, a procura de personagens para contar uma história. Ele olhava atentamente para dentro de si a procura de alguma idéia. Talvez uma experiência, uma vivência. E a sua volta tudo parecia estar procurando uma razão de ser. E ESSE ERA O TEMPO DE NADA ACONTECER.

Ana dos Santos