Traduzido no Brasil como "Os homens que não amavam as mulheres", a Trilogia Millenium do escritor sueco Stieg Larsson , virou filme e é a melhor coisa que eu li ultimamante. Sim , há um ano venho lendo Romances policiais e suspenses como Paul Auster, Michael Chabon e agora Stieg Larsson.
Bom, tudo é bom nessa trilogia: a narrativa te pega pelo pescoço, Larsson é um escritor objetivo como o bom jornalista que era. Muitos dos seus fãs não deixam de fazer relação entre sua vida pessoal e o principal personagem masculino: "Super Blomkvist", nosso jornalista investigativo engajado em denunciar escândalos de corrupção na Suécia. Tarefa que norteou a vida de Larsson, defensor dos Direitos Humanos que denunciou organizações neofacistas e racistas em seu país. Já Blomkvist será o defensor das mulheres que sofrem nas mãos dos "que não gostam delas", no caso: estupradores de família (marido, pai, irmãos...), traficantes de escravas,cafetões e pedófilos abomináveis.
Mas, a principal personagem feminina, é minha anti-heroína favorita: LISBETH SALANDER. A personagem literária mais apaixonante dos últimos tempos. Todas tentativas de definí-la são um quebra-cabeça que prende o leitor para descobrir cada passo que essa hacker punk fará.
A MENINA QUE BRINCAVA COM FOGO
Ou a menina com uma lata de gasolina e um fósforo. Sim, Lisbeth é explosiva! Agindo na clandestinidade, lutando por sua dignidade, provocando a sociedade com sua aparência e atitudes hostis para com os hipócritas e moralistas de plantão. Ela é tudo que não se espera de uma mulher, e é a mais fêmea de todas ao proteger a sua bela alma recortada de muitos segredos do passado.
Ela e Blomkvist trabalham juntos na caça de um serial killer, um empresário corrupto, uma rede de prostituição, políticos, juristas, advogados , assistentes socias, militares, etc. Lutam contra a hipocrisia da sociedade. Larsson situa seu romance num cenário político e econômico contemporâneo e qualquer semelhança com a realidade é mera Literatura....
A PRINCESA NO CASTELO DE AR
Romance policial com todos os ingredientes, romance político, sociologia pura e antropologia necessária para humanizar nossos corações. No contraponto dos "homens que não amam as mulheres", aparecem personagens livres e independentes que querem antes de tudo libertar os outros. O sexo nos é mostrado como uma opção de beleza e vida, que deve ser feito com vontade e liberdade, ao contrário de toda e qualquer submissão, humilhação e castração.
Stieg Larsson era o homem que amava as mulheres. e Lisbeth, uma mulher apaixonante! A garota com a tatuagem de dragão.
Ana, parabéns pelo excelente blog. Visitarei sempre. Gostaria que me avisasses sempre que ele for atualizado.
ResponderExcluirUm beijo,
Pena Cabreira.
Esse texto pode ser encontrado no site www.universohumanus.com , um site sobre experiências culturais! Recomendo!
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