quarta-feira, 29 de setembro de 2010

The Girl with the dragon tatoo

    Traduzido no Brasil como "Os homens que não amavam as mulheres", a Trilogia Millenium do escritor sueco Stieg Larsson , virou filme e é a melhor coisa que eu li ultimamante. Sim , há um ano venho lendo Romances policiais e suspenses como Paul Auster, Michael Chabon e agora Stieg Larsson.
    Bom, tudo é bom nessa trilogia: a narrativa te pega pelo pescoço, Larsson é um escritor objetivo como o bom jornalista que era. Muitos dos seus fãs não deixam de fazer relação entre sua vida pessoal e o principal personagem masculino: "Super Blomkvist", nosso jornalista investigativo engajado em denunciar escândalos de corrupção na Suécia. Tarefa que norteou a vida de Larsson, defensor dos Direitos Humanos que denunciou organizações neofacistas e racistas em seu país. Já Blomkvist será  o defensor das mulheres que sofrem nas mãos dos "que não gostam delas", no caso: estupradores de família (marido, pai, irmãos...), traficantes de escravas,cafetões e pedófilos abomináveis.
   Mas, a principal personagem feminina, é minha anti-heroína favorita: LISBETH SALANDER. A personagem literária mais apaixonante dos últimos tempos. Todas tentativas de definí-la são um quebra-cabeça que prende o leitor para descobrir cada passo que essa hacker punk fará.
A MENINA QUE BRINCAVA COM FOGO
      Ou  a menina com uma lata de gasolina e um fósforo. Sim, Lisbeth é explosiva! Agindo na clandestinidade, lutando por sua dignidade, provocando a sociedade com sua aparência e atitudes hostis para com os hipócritas e moralistas de plantão. Ela é tudo que não se espera de uma mulher, e é a mais fêmea de todas ao proteger a sua bela alma recortada de muitos segredos do passado.
     Ela e Blomkvist trabalham juntos na caça de um serial killer, um empresário corrupto, uma rede de prostituição, políticos, juristas, advogados , assistentes socias, militares, etc. Lutam contra a hipocrisia da sociedade. Larsson situa seu romance num cenário político e econômico contemporâneo e qualquer semelhança com a realidade é mera Literatura....
A PRINCESA NO CASTELO DE AR
   Romance policial com todos os ingredientes, romance político, sociologia pura e antropologia necessária para humanizar nossos corações. No contraponto dos "homens que não amam as mulheres", aparecem personagens livres e independentes que querem antes de tudo libertar os outros. O sexo nos é mostrado como uma opção de beleza e vida, que deve ser feito com vontade e liberdade, ao contrário de toda e qualquer submissão, humilhação e castração.
   Stieg Larsson era o homem que amava as mulheres. e Lisbeth, uma mulher apaixonante! A garota com a tatuagem de dragão.
                                                                 

2 comentários:

  1. Ana, parabéns pelo excelente blog. Visitarei sempre. Gostaria que me avisasses sempre que ele for atualizado.
    Um beijo,
    Pena Cabreira.

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  2. Esse texto pode ser encontrado no site www.universohumanus.com , um site sobre experiências culturais! Recomendo!

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