"POEROTISA" É FINALISTA DO PRÊMIO LIVRO DO ANO DE POESIA 2020 DA ASSOCIAÇÃO GAÚCHA DE ESCRITORES E DO PRÊMIO MILTON PANTALEÃO DE LITERATURA INDEPENDENTE - POESIA DA ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL/SECCIONAL RIO GRANDE DO SUL
FUI A PRIMEIRA CONVIDADA DA LIVE DA MAUREN E AGORA VOLTEI PRO ENCERRAMENTO DA PRIMEIRA TEMPORADA (porque essa pandemia vai longe...)
I ENCONTRO NACIONAL VIRTUAL DO MULHERIO DAS LETRAS - RIO GRANDE DO SUL
MULHERAGEADAS: MARIA HELENA VARGAS DA SILVEIRA (HELENA DO SUL) E LILIAN ROCHA
"POEROTISA" NO LITERATURA RS
"POEROTISA" NO LEIA MAIS MULHERES RESTINGA
É sempre mais difícil resenhar ou resumir um livro de poemas pelo medo de, na síntese ou na paixão, deixar passar a essência da sensação que aquele livro nos provoca. Com essa coletânea de poemas "Poerotisa", da Ana dos Santos, a gente ri, fica braba, se revolta, olha pra sensualidade e a sexualidade sem dor nem tabu. Bom, uma dor perpassa boa parte do livro: a do racismo. Como diz a Conceição Evaristo, a cabeça pensa/a mão escreve a partir do lugar onde os pés estão fincados, e do começo ao fim o lugar da eu-líricA/da poeta é a da resistência. E também é o lugar do gozo, do deboche, da roda de poesia, do Sopapo Poético (se você nunca ouviu falar, procure saber ), da celebração da vida, do reconhecimento de que, afinal, é disso tudo que a resistência é feita também. A vida, enfim: que tem preguiça, que tem remédio, que tem parto, que tem dor, que tem samba. Ela afirma: “Deus escreve quieto por linhas surdas”. Mas a Ana não escreve quieta e a poesia dela não admite a surdez: difícil é os versos dela não ecoarem forte no teu coração e no teu modo de ver o mundo. Ela arranca de dentro de nós novas mulheres.